O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, exigiu hoje que a Síria autorize a entrada no país de agências de ajuda humanitária, a começar pelo Crescente Vermelho, a Cruz Vermelha do mundo muçulmano, sem impor condições.
"Peço o fim imediato da violência e a autorização para ajuda humanitária. Nossa prioridade um é a ajuda humanitária, mas, ao mesmo tempo, deve terminar toda a violência", declarou Ban.
Neste momento, em mais um discurso patético, na Assembleia Geral, o embaixador sírio na ONU tenta livrar seu governo de qualquer responsabilidade pela morte de mais de 7,5 mil pessoas em 11 meses e meio de revolta popular conta a ditadura de Bachar Assad.
Ele culpa todo o mundo, menos o governo sírio, claro, terrorista internacionais, a rede Al Caeda, Israel, outros países inimigos da Síria, a Arábia Saudita. Acusa o relatório da ONU culpando o governo de piorar a situação do país. E diz que a ditadura fez um "esforçou extraordinário para realizar reformas em curto prazo".
É por isso que cada vez mais se levantam vozes a favor de armar a oposição e intervir militarmente. As ditaduras só reconhecem a lei da força.
A repórter Edith Bouvier, que teve o fêmur quebrado no bombardeio a Homs, e o fotógrafoWilliam Daniels, ambos franceses, foram levados ontem pelos rebeldes até a fronteira com o Líbano e seguiram para a França, depois de ficar algumas horas em observação num hospital de Beirute.
O governo sírio entregou ao Crescente Vermelho os corpos dos jornalistas Marie Colvin e Rémi Ochlik, mortos num ataque aparentemente deliberado contra um centro de imprensa dos rebeldes, mas não deu acesso ao bairro de Baba Amir, duramente bombardeado durante 27 dias, informa o jornal The New York Times.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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