Diante dos recentes escândalos e massacres, cerca de 69% americanos entendem que é hora de acabar com a guerra no Afeganistão, a mais longa da História dos Estados Unidos, indica uma pesquisa feita para o jornal The New York Times e a rede de televisão CBS. Em quatro meses, o apoio à guerra caiu em 16 pontos percentuais.
Depois da morte do líder da rede Al Caeda, Ossama ben Laden, em maio de 2011, o apoio à guerra perdeu sentido para boa parte dos americanos. As imagens de soldados americanos urinando em cadáveres afegãos, o escândalo da queima do Corao, livro sagrado dos muçulmanos, em quartéis americanos, e o massacre de 16 civis em Kandahar, em março, minaram ainda mais o apoio popular à intervenção.
Para 68% dos entrevistados, a guerra vai "um pouco mal" ou "muito mal". O pessimismo é tanto de eleitores democratas quanto republicanos. Seis em cada dez republicanos, geralmente mais favoráveis ao uso da força, estão descontentes com os rumos do conflito.
Na opinião de 44%, os EUA deveriam se retirar antes da data prevista, em 2014; 33% querem manter o atual cronograma; 17% defendem a manutenção das forças no Afeganistão pelo tempo necessário; e 3% são a favor de uma retirada imediata.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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