A revolta popular contra a ditadura da família Assad, há mais de 40 anos no poder na Síria, completa hoje um ano. Diante da violenta repressão do regime contra manifestações inicialmente pacíficas inspiradas pelas revoluções na Tunísia, no Egito e na Líbia, o país mergulhou numa guerra civil. Mais de 8 mil pessoas foram mortas e 230 mil fugiram de casa, estimam as Nações Unidas.
No aniversário da mais sangrenta rebelião da Primavera Árabe, houve novos apelos para que a China e a Rússia parem de vetar as iniciativas do Conselho de Segurança das Nações Unidas para condenar a ditadura síria e implantar o plano de paz da Liga Árabe.
O plano de paz prevê a renúncia de Bachar Assad, a libertação de todos os presos durante a revolta, a abertura de um diálogo nacional e a convocação de eleições democráticas. Assad se nega a conversar com a oposição, que descreve como terroristas que fariam parte de uma conspiração internacional.
Hoje, o governo organizou uma grande manifestação de massa em Damasco em apoio ao regime, a Marcha Global pela Síria. Como é feriado do Dia dos Professores, os funcionários públicos foram obrigados a participar, informa o jornal The New York Times.
Em seu último relatório, uma comissão de investigação da ONU chefiada pelo sociólogo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, acusa a ditadura síria de "punição coletiva" e pela morte de mais de 500 crianças.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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