Mais de 9 mil pessoas foram mortas na Síria desde o início da revolta contra a ditadura de Bachar Assad, estimaram hoje as Nações Unidas, no momento em que o enviado especial da ONU e da Liga Árabe, o ex-secretário-geral Kofi Annan, anuncia que o regime sírio aceitou seu plano de paz.
"A violência não diminuiu", declarou ao Conselho de Segurança da ONU o enviado especial Robert Serry. "É urgente deter os combates".
Horas antes, depois de visitar a Rússia e a China, Annan anunciou que o regime sírio aceita seu plano de paz de seis pontos, que inclui:
• o fim imediato da violência;
• a libertação de presos que não cometeram atos de violência;
• a retirada de tropas e tanques das cidades;
• o acesso de ajuda humanitária às áreas em conflito durante pelo menos duas horas por dia;
• liberdade para jornalistas entrarem e saírem do país; e
• o início de um diálogo nacional.
A queda do ditador, defendida pela Liga Árabe, não está prevista. Até agora, a China e a Rússia vetaram as propostas de resolução do Conselho de Segurança da ONU, sob a alegação de serem contra a mudança no regime, como aconteceu na Líbia.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ligado à oposição, calcula o total de mortos em 9.734, sendo 7.056 civis e 2.678 soldados e policiais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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