segunda-feira, 19 de março de 2012

Cuba prende ativistas antes da visita do papa

A uma semana da primeira visita do papa Bento XVI a Cuba, o regime comunista prendeu dezenas de dissidentes que lutam pela libertação dos presos políticos na ilha. Quase todos pertencem ao grupo conhecido como Damas de Branco, mulheres que lutam pela libertação de seus maridos, filhos ou irmãos.

Todos os fins de semana, as Damas se encontram em missas e na saída marcham pelo centro da capital, Havana, pedindo a libertação dos parentes e amigos presos. No sábado, 19 damas foram presas; três foram soltas horas depois sem sofrer qualquer acusação formal.

Na manhã de domingo, 36 mulheres foram presas quando iam para a missa, inclusive a líder do grupo, Berta Soler. Depois da missa, 22 homens e mulheres foram detidos quando tentavam marchar além dos limites tolerados pela ditadura dos irmãos Fidel e Raúl Castro, no poder há 53 anos.

Os dissidentes foram presos por policiais a paisana e levados num ônibus sem identificação. No domingo, serão completados nove anos da prisão de 75 dissidentes da chamada Primavera Negra de 2003. As Damas de Branco se organizaram para lutar por sua libertação.

Em 2010, a Espanha e a Igreja Católica negociaram com governo a libertação de mais de 50 presos, mas eles foram obrigados a sair de Cuba.

A ditadura cubana acusa os dissidentes de serem "mercenários pagos pelos Estados Unidos", informa a TV pública britânica BBC.

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