As eleições do próximo domingo serão as terceiras nos últimos 50 anos em Mianmar, a antiga Birmânia, um país do Sudeste Asiático empobrecido desde que militares com uma vaga ideologia socialista tomaram o poder, em 1962.
Dezessete partidos disputam apenas 45 das 665 cadeiras do parlamento, mas a líder da oposição Aung San Suu Kyi, filha do herói da independência nacional e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 1991, pode conquistar seu primeiro mandato, depois de passar a maior parte dos últimos 20 anos em prisão domiciliar.
É um teste do compromisso dos militares com a democratização do país e um passo importante rumo à reconciliação nacional, observa a agência de notícias AP (Associated Press). Os militares prometem eleições realmente democráticas em 2015.
Em entrevista, Suu Kyi admitiu que "as eleições não serão genuinamente livres e limpas", mas disse que vai participar. "Embora a gente reconheça que existam irregularidades em eleições mesmo nas democracias consolidadas, o que vem acontecendo neste país vai realmente além do aceitável numa eleição democrática. Mesmo assim, estamos decididos a participar porque é isto que o povo quer".
Sua Liga Nacional pela Democracia tem como maior adversário o Partido da Solidariedade, do Desenvolvimento e da União, criado pelos militares, que não terá sua maioria parlamentar ameaçada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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