segunda-feira, 19 de março de 2012

Anistia pede investigação de intervenção na Líbia

As mortes de 55 civis inocentes por bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte durante sua intervenção militar na Líbia, autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para "proteger a população civil", devem ser investigadas, conclamou hoje em Londres a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.

Entre os 55 civis mortos em ataques aéreos da OTAN a Trípoli, Zliten, Majer, Sirte e Brega, 16 eram crianças e 14 mulheres, afirma a AI. A maioria estava em casa e não recebeu nenhum alerta de que uma operação militar seria realizada ali.

Para a Anistia, "devem ser realizadas investigações, e as vítimas e suas famílias devem ser indenizadas". A organização não governamental lamenta que ninguém tenha entrado em contato com elas.

"É profundamente decepcionante constatar que mais de quatro meses depois do fim da ação militar as vítimas e as pessoas próximas dos mortos em bombardeios aéreos da OTAN não saibam o que se passou nem quem é o responsável", criticou Donatella Rovera, assessora especial da AI, citada pelo jornal francês Le Monde.

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