No início de sua primeira viagem à América Latina, o papa Bento XVI atacou a violência da guerra do tráfico de drogas no México e o regime comunista de Cuba.
Mais de 50 mil pessoas foram mortas desde que o presidente Felipe Calderón declarou guerra às máfias do tráfico logo depois de tomar posse, em 2006. Em entrevista a bordo do avião que o levou ao México, primeira escala da viagem, Bento XVI atribuiu essa violência à ganância.
A Igreja, disse o papa, tem o dever de afastar a juventude das falsas promessas, "de educar a consciência, de ensinar responsabilidade moral e de rasgar a máscara da idolatria do dinheiro que escraviza a humanidade".
Sobre Cuba, Bento XVI, um conservador, comentou que "a ideologia marxista como foi concebida não responde aos desafios da realidade de hoje". O papa acredita que é hora dos cubanos "encontrarem novos modelos, com paciência, de maneira construtiva", informa o jornal The New York Times.
A espera da visita aumentou a tensão entre o governo e os dissidentes. Estes veem na presença de Sua Santidade e da atenção internacional que uma viagem papal atrai uma oportunidade para denunciar a falta de liberdade. Vários dissidentes foram presos e soltos nos últimos dias.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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