Duas organizações ligadas aos grandes partidos dos Estados Unidos pagaram US$ 4 milhões de fiança à Justiça do Egito pela libertação de 11 americanos acusados de exercer atividades políticas no país ilegalmente.
Nos últimos dias, os diplomatas dos EUA negociaram com a Irmandade Muçulmana, maior força política egípcia, ameaçaram reter a ajuda do Fundo Monetário Internacional ao Egito e até mesmo suspender a ajuda americana ao país, de US$ 1,5 milhão por ano.
Os ativistas do Instituto Democrata Nacional e do Instituto Republicano Internacional foram para o Egito treinar organizações da sociedade civil para usar a Internet como instrumento de mobilização e luta política. A Fundação Konrad Adenauer, da União Democrata-Cristã alemã, partido da primeira-ministra Angela Merkel, também pagou para libertar os alemães.
A libertação dos americanos provocou um debate sobre a interferência política em processos judiciais. O ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei, aspirante à Presidência do Egito considerou-a "um golpe fatal na democracia", reporta o jornal The New York Times.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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