Uma em cada quatro crianças, cerca de 25%, não come o necessário para um crescimento sadio e 300 morrem de fome a cada hora, denuncia um novo relatório divulgado pela organização não governamental Save the Children (Salve as Crianças).
Cerca de 170 milhões de crianças de menos de 5 anos são subnutridas desde o nascimento porque suas mães não se alimentaram adequadamente para amamentá-las, e a situação está se agravando com a inflação mundial nos preços dos alimentos.
No início de 2008, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas alertou para uma crise causada pela alta nos preços dos alimentos. Com a crise financeira internacional, a inflação cedeu, mas o forte aumento do desemprego reduziu o poder de compra das populações mais pobres.
Agora, os preços voltam a subir. No Afeganistão, a alta foi de 25%; no Quênia, de 40%.
A inflação de alimentos e o desemprego foram as principais causas das revoltas populares da chamada Primavera Árabe, que derrubou ditadores na Tunísia, no Egito e na Líbia.
No relatório Uma Vida Livre da Fome: Atacando a Desnutrição Infantil, um terço dos pais disseram que seus filhos se queixam rotineiramente de que não têm comida suficiente. Uma em cada seis famílias nunca tem dinheiro para comprar carne, leite e legumes. No Afeganistão, 60% das crianças não comem o mínimo necessário para crescer.
"Se não houver uma ação conjunta, nos próximos 15 anos, teremos meio bilhão de crianças com desenvolvimento físico e mental prejudicado", adverte Justin Forsyth, ouvido pelo jornal inglês The Independent.
Como os pobres gastam a maior parte de sua renda com comida, uma em cada quatro famílias foi forçada a reduzir seu consumo de alimentos. Uma em cada seis crianças deixou a escola para ajudar seus pais a sustentar a família.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
E há que se alimente do que é roubo...
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