Para aumentar ainda mais a pressão sobre o ditador da Síria, Bachar Assad, o líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e primeiro-ministro da Faixa de Gaza, Ismail Haniya, declarou apoio aos rebeldes.
O Hamas é filho da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista do mundo, fundado em 1928 no Egito por Hassan al-Bana para reislamizar os muçulmanos e combater a ocidentalização do país. A Irmandade foi a grande vitoriosa nas primeiras eleições livres da História egípcia.
Em pronunciamento no púlpito da mesquita da Universidade de Al Azhar, no Cairo, uma das mais antigas do mundo, durante a oração da última sexta-feira, Haniya descreveu os rebeldes como "heróis".
Ao denunciar Assad, o Hamas se afasta do arco que liga a República Islâmica do Irã, a ditadura síria e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá. O dirigente máximo do Hamas, Khaled Mechal, fechou o escritório em Damasco, onde viveu anos como refugiado.
A queda de Assad enfranqueceria esta aliança anti-Israel onde o Hamas era o único grupo sunita.
O regime sírio é secularista. É uma ditadura de partido único, o Baath, herdeiro de um socialismo árabe de inspiração soviética adotado por Gamal Abdel Nasser no Egito a partir de 1962 e por Saddam Hussein no Iraque. A família Assad e o núcleo dirigente são da minoria alauíta, que é xiita.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário