domingo, 26 de fevereiro de 2012

Hamas apoia rebeldes da Síria

Para aumentar ainda mais a pressão sobre o ditador da Síria, Bachar Assad, o líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e primeiro-ministro da Faixa de Gaza, Ismail Haniya, declarou apoio aos rebeldes.

O Hamas é filho da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista do mundo, fundado em 1928 no Egito por Hassan al-Bana para reislamizar os muçulmanos e combater a ocidentalização do país. A Irmandade foi a grande vitoriosa nas primeiras eleições livres da História egípcia.

Em pronunciamento no púlpito da mesquita da Universidade de Al Azhar, no Cairo, uma das mais antigas do mundo, durante a oração da última sexta-feira, Haniya descreveu os rebeldes como "heróis".

Ao denunciar Assad, o Hamas se afasta do arco que liga a República Islâmica do Irã, a ditadura síria e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá. O dirigente máximo do Hamas, Khaled Mechal, fechou o escritório em Damasco, onde viveu anos como refugiado.

A queda de Assad enfranqueceria esta aliança anti-Israel onde o Hamas era o único grupo sunita.

O regime sírio é secularista. É uma ditadura de partido único, o Baath, herdeiro de um socialismo árabe de inspiração soviética adotado por Gamal Abdel Nasser no Egito a partir de 1962 e por Saddam Hussein no Iraque. A família Assad e o núcleo dirigente são da minoria alauíta, que é xiita.

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