O presidente Mahmoud Ahmadinejad participou hoje do carregamento de um reator de pesquisa com barras de combustível nuclear produzidas no Irã. Num desafio às sanções internacionais impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, o país anunciou a instalação de mais centrífugas para enriquecer urânio. São novos avanços no programa nuclear iraniano, suspeito de desenvolver armas atômicas.
Um reator para produção de energia nuclear trabalha com urânio enriquecido a um teor de 5%. O reator de pesquisas médicas precisa de urânio com teor de enriquecimento de 20%. Ainda está longe, mas é um passo importante rumo aos mais de 90% exigidos para uma bomba atômica.
Nos últimos meses, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revelou que o país está fazendo simulações de explosões nucleares em computador e tenta dominar a tecnologia dos gatilhos de armas atômicas. Não há uma prova concreta, mas fortes indícios que o regime dos aiatolás quer a bomba.
A república islâmica também anunciou que está transferindo suas instalações nucleares para locais subterrâneos onde estariam protegidas de bombardeios dos Estados Unidos e de Israel, que ameaçam impedir que o regime dos aiatolás tenha armas atômicas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário