Por 6-1, o Tribunal Supremo da Espanha absolveu hoje o juiz de instrução Baltasar Garzón da acusação de violar a lei de anistia de 1977 ao abrir em 2008 uma investigação sobre os crimes da Guerra Civil Espanhola e da ditadura do generalíssimo Francisco Franco, inclusive o desaparecimento de 114 mil pessoas.
Em sua defesa, Garzón alegou que crimes contra a humanidade não podem ser cobertos por anistia. Ele se tornou famoso ao mandar prender, em 1998, o ex-ditador chileno Augusto Pinochet.
Os juízes entenderam que a investigação dos crimes do franquismo era admissível legalmente, noticia a televisão pública britânica BBC.
No início do mês, o Supremo espanhol afastou Garzón de suas funções por um período de 11 anos. O juiz foi considerado culpado por escuta telefônica clandestina de conversas de advogados com presos suspeitos em um escândalo de corrupção envolvendo o Partido Popular, direitista, que voltou ao poder nas eleições de 20 de novembro de 2011.
Garzón, de 56 anos, enfrenta mais um processo. É acusado de receber dinheiro do Banco Santander para organizar um evento acadêmico em Nova York, onde estava dando um curso. Ele afirma que o dinheiro foi usado exclusivamente para organizar o encontro, sem lhe dar nenhum vantagem financeira indevida.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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