Pelo menos 89 pessoas foram mortas hoje na Síria, onde a ditadura realizou um referendo para reformar a Constituição e tentar se manter no poder depois de mais de 11 meses de uma revolta popular em que cerca de 7 mil pessoas foram mortas. A oposição boicotou a votação.
A reforma prevê a realização de eleições dentro de três meses, limita o exercício da presidência a dois mandatos de 7 anos e acaba, no papel, com o monopólio de poder do partido Baath. Para os rebeldes, são apenas medidas cosméticas destinadas a iludir a opinião pública internacional.
No campo de batalha, a situação não se alterou. O Exército bombardeou Homs, terceira maior cidade síria, pelo 23º dia seguido.
Diante do veto da China e da Rússia para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tome medidas para acabar com o conflito, os Estados Unidos e a Arábia Saudita já admitem armas os rebeldes para derrubar a ditadura de Bachar Assad.
Depois de votar, o presidente acusou a imprensa estrangeira pela guerra civil síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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