Os Estados Unidos e o governo do Afeganistão iniciaram negociações até então secretas com a milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã, que governava o país até a invasão americana de outubro de 2001 para atacar as bases da rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro.
As negociações foram confirmadas pelo presidente afegão, Hamid Karzai, ao jornal americano The Wall St. Journal.
É uma tentativa de acabar com a mais longa guerra da História dos EUA. Os talebã mais radicais se recusavam a negociar com Karzai, alegando que não passa de um fantoche de Washington. Acabaram cedendo.
A questão é qual o sentido de negociar com um movimento descrito como islamofascista. Os Talebã impuseram ao Afeganistão um regime medieval que proibiu a música, o rádio, o cinema e o futebol, impediu as meninas de irem à escola, obrigou as mulheres a se esconderem atrás de burcas para saírem na rua, executou homossexuais e destruiu monumentos históricos como os Budas de Damiã.
Dá para negociar com essa turma? Mal comparando, seria como negociar com os nazistas o fim da Segunda Guerra Mundial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário