O ex-senador Rick Santorum, em ascensão na disputa pela candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, destaca sua origem operária, mas suas declarações de imposto de renda revelam que ele ganhou US$ 3,6 milhões trabalhando como consultor em Washington depois de sair do Senado.
Como a verdadeira consultoria é o trabalho de especialistas, o que Santorum realmente fez foi usar suas conexões políticas para ajudar as empresas que o contrataram.
Desde 2007, ele pagou um mínimo de US$ 167 mil em 2007 e um máximo de US$ 310 mil em 2009, numa média de 28% de sua renda bruta.
Seu maior rival, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney ganhou uma média de US$ 20 milhões nos últimos dois anos e pagou cerca de 15% de imposto de renda, confirmando a alegação do bilionário Warren Buffet de que os ricaços pagam menos impostos percentualmente do que seus empregados.
Na campanha para a eleição primária de 28 de fevereiro no estado de Michigan, anúncios pagos por partidários de Romney acusam Santorum de apoiar o gasto de bilhões de dólares em emendas de iniciativa individual de parlamentares. O histórico de Santorum no Senado revela uma imagem muito diferente do arquiconservador em questões fiscais que sua campanha tenta vender à opinião pública.
Já o presidente da Câmara Newt Gingrich, a político com maior rejeição nesta corrida à Casa Branca, pagou 32% de impostos sobre os US$ 3,2 milhões que declarou ter ganho em 2010.
Só o deputado federal texano Ron Paul não divulgou ainda suas declarações, alegando ter vergonha por ganhar muito pouco, informa o jornal The Washington Post.
A campanha republicana é para milionários. Depois o partido não gosta quando é acusado de formar governos de ricos, para os ricos e pelos ricos, de lutar obstinadamente contra aumentos de impostos para os ricos e de repudiar gastos públicos em programas sociais para os mais pobres.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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