Os principais partidos políticos da Grécia anunciaram há cerca de meia hora que chegaram a um acordo para cortar ainda mais gastos públicos para adaptar o orçamento à realidade de uma economia deprimida por cinco anos de recessão.
As novas medidas são essenciais para que o país receba mais uma parcela de ajuda internacional em março para honrar os pagamentos de sua dívida pública. Faltam ainda a aprovação do parlamento, onde a votação está prevista para domingo, e a aplicação das medidas na prática.
Mais 15 mil funcionários públicos serão demitidos, entre outras providências, como redução no salário mínimo e nas aposentadorias.
Ontem houve mais uma greve geral de protesto, mas o país está quebrado e depende da ajuda internacional. Foram queimadas bandeiras da Alemanha, que está impondo uma rígida disciplina fiscal porque não quer pagar a conta e dar a impressão de que há uma saída indolor para os países com problemas.
Dentro de algumas horas, o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia faz nova reunião para discutir um segundo pacote de ajuda à Grécia, que chegaria a 130 bilhões de euros, além dos 110 bilhões aprovados em maio de 2011.
A liberação da próxima parcela do primeiro empréstimo depende das novas medidas para reduzir o déficit nas contas públicas gregas.
Há um debate entre a Alemanha, que exige uma disciplina fiscal draconiana, e o Fundo Monetário Internacional. Para a diretora-geral do FMI, Dominique Lagarde, a austeridade não basta. Está criando uma situação política insustentável na Grécia. O país precisa de reformas econômicas que aumentem sua produtividade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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