Com 137 votos a favor, 12 contra e 17 abstenções, a Assembleia Geral das Nações Unidas condenou hoje a violência política na Síria e adotou o plano de paz da Liga Árabe, que prevê a renúncia do ditador Bachar Assad. O Brasil votou a favor.
É improvável qualquer mudança no campo de batalha. O país vive em guerra civil, mas as decisões da Assembleia Geral não são de cumprimento obrigatório, ao contrário do que acontece com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Duas semanas atrás, a China e a Rússia vetaram a condenção da Síria no Conselho de Segurança, dando carta branca a Assad para massacrar seu próprio povo. Nas últimas duas semanas, o Exército sírio bombardeia sem parar Homs, a terceira maior cidade do país, um dos principais focos da rebelião. Pela primeira vez, usou morteiros e aviões.
Há 11 meses, o governo reprime com dureza uma oposição que começou pedindo reformas liberalizantes pacificamente, a exemplo do que aconteceu em outros países da região na chamada Primavera Árabe. Desde 15 de março de 2011, quase 7 mil pessoas foram mortas na Síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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