O Parlamento da Grécia aprovou agora há pouco, no início da madrugada de segunda-feira em Atenas, um novo plano de ajuste fiscal com cortes adicionais de 3,3 bilhões de euros para tentar controlar o déficit orçamentário do país e evitar um agravamento da crise das dívidas públicas na Zona do Euro.
Cerca de 150 mil funcionários públicos serão demitidos, e os salários, as pensões e as aposentadorias, reduzidas. O salário mínimo do setor público vai diminuir em 22%.
Só assim o país se qualifica para receber a próxima parcela de um empréstimo de emergência de 110 bilhões de euros, não dar calote num pagamento de 14,5 bilhões de euros no fim de março e pleitear um novo empréstimo de mais 130 bilhões da euros da União Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ainda precisa renegociar sua dívida com credores privados, que estão sendo forçados a aceitar perdas de até 70%.
Nas ruas da capital grega, mais de 250 mil pessoas protestaram contra a aprovação das novas medidas. O primeiro-ministro Lucas Papademos pediu calma, mas não conseguiu evitar manifestações violentas. Atenas está em chamas.
O desafio é aplicar este plano numa economia deprimida, que entra no quinto ano seguido de contração.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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