O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, teria apenas mais um ou dois anos de vida, estimam os médicos cubanos e russos que o trataram de um câncer em junho de 2011, revelaram mensagens de correio eletrônico da empresa de segurança americana Stratfor pirateadas pela organização não governamental WikiLeaks.
Chávez está em Cuba desde sexta-feira para fazer uma terceira cirurgia na região abdominal, de onde foi tirado um tumor no ano passado.
Em 5 de dezembro, uma mensagem do fundador da Stratfor para sua diretora de análise revela críticas de médicos russos ao tratamento feito pelos cubanos. Os russos afirmam que os cubanos não tinham o equipamento apropriado e fizeram uma "cirurgia errada".
Dias depois, a equipe russa teria sido forçada a fazer uma segunda intervenção cirúrgica, quando foi removido um tumor descrito pelo próprio Chávez como do "tamanho de uma bola de tênis". O câncer surgiu na próstata e se alastrou.
"É por isso que os russos dão menos de um ano de vida ao líder venezuelano, enquanto os cubanos dão dois", diz o documento vazado pelo WikiLeaks.
Depois de liderar uma tentativa de golpe contra o presidente Carlos Andrés Pérez em fevereiro de 1992, Chávez foi preso e anistiado. Em 1998, foi eleito presidente da Venezuela, cargo que ocupa até hoje.
No poder, Chávez sobreviveu a um golpe de Estado, em abril de 2002, e a uma longa greve da companhia estatal Petroleos de Venezuela (PdVSA). Venceu um referendo sobre a revogação de seu mandato e foi reeleito em 2006.
Agora, é candidato à reeleição mais uma vez, mas já admite que não tem saúde para governar além de 2019, quando terminaria seu próximo mandato, se for reeleito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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