Os juros pagos pelos títulos da dívida pública da Itália com prazo de 10 anos chegaram hoje a 7,28% ao ano, superando o limite de 7% acima do qual um país é considerado incapaz de honrar seus compromissos.
Ontem, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi prometeu renunciar quando o Congresso aprovar o novo orçamento com as medidas necessárias para reduzir o déficit orçamentário do país, que deve acontecer na próxima semana ou no máximo num mês. Mas o mercado ainda duvida que ele esteja blefando.
A dívida italiana, de 120% do produto interno bruto, está em 1,9 trilhão, cerca de US$ 2,5 trilhões. No próximo ano, o país vai precisar tomar emprestado 300 bilhões de euros.
Além da falta de credibilidade de um chefe de governo atingido por sucessivas denúncias de corrupção, o país cresce muito pouco e terá de enfrentar o envelhecimento da população e o peso que isso terá sobre a Previdência Social.
Hoje o ex-comissário europeu antimonopólio Mario Monti foi citado como um provável sucessor de Berlusconi.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário