Às vésperas da conferência de cúpula sobre a crise mundial de alimentos, o diretor da Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura (FAO), Jacques Diouf, quer que os países ricos aumentem em 10 vezes, para US$ 30 bilhões, a verba para ajuda alimentar.
Mais de 150 países participam da conferência, realizada em Roma, na Itália, sede da FAO. São esperados 40 chefes de Estado e de governo, entre eles os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da França, Nicolas Sarkozy; e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
Em todo o mundo, cerca de 150 milhões de crianças passam fome, a maior parte na África. Seis milhões morrem de fome por ano. Pelo menos 54 países não produzem comida suficiente para alimentar suas populações.
Este desafio cresce com a alta do petróleo, o aumento da demanda dos países em desenvolvimento, a mudança do clima, a produção de biocombustíveis e outros fatores. As previsões são de que os preços da comida se mantenham elevados pelos próximos 10 anos.
Pela primeira vez em 25 anos, observa o diretor-geral da FAO, há incentivos reais para investimentos na agricultura. Há necessidade de dobrar a produção mundial de alimentos até 2050, quando a população da Terra será de cerca de 9 bilhões.
Hoje, cerca de 860 milhões de pessoas estão ameaçadas. Precisam de ajuda alimentar para sobreviver. A ONU e outras organizações internacionais temem que a inflação nos preços dos alimentos dobrem o número de necessitados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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