O Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec) informou ontem que o índice oficial de inflação no mês de maio ficou em 0,4%, embora a maioria dos economistas do setor privado tenha estimado que não deveria ser menos de 1%. Os maiores aumentos foram em roupas, transporte e saúde, enquanto os preços dos alimentos subiram apenas 0,1%.
Nos primeiros cinco meses, a inflação oficial acumulada na Argentina foi de 3,4%, em contraste com 4,4% no mesmo período do ano passado. Mas a Associação dos Trabalhadores do Estado afirma que foi de 5,7%.
"O índice anunciado pelo Indec é surpreendentemente baixo, especialmente no caso dos alimentos e da carne, e claramente não ajuda em absoluto a recuperar a credibilidade do Indec", criticou o economista Javier Alvaredo, da consultoria MVA.
No mesmo sentido, Enrique Dentice, da Universidade de San Martín, entende que "a medição oficial não contempla de forma integral os aumentos em vestuário e aluguéis, nem tampouco reflete o que aconteceu com os alimentos".
Para Ricardo Delgado, da Ecolatina, "a inflação real está muito acima dos anúncios oficiais. Os números reais, seguindo a metodologia que o Indec deixou de empregar em janeiro, estão acima de 1%".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário