sábado, 9 de junho de 2007

Economistas desconfiam da inflação oficial argentina

O Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec) informou ontem que o índice oficial de inflação no mês de maio ficou em 0,4%, embora a maioria dos economistas do setor privado tenha estimado que não deveria ser menos de 1%. Os maiores aumentos foram em roupas, transporte e saúde, enquanto os preços dos alimentos subiram apenas 0,1%.

Nos primeiros cinco meses, a inflação oficial acumulada na Argentina foi de 3,4%, em contraste com 4,4% no mesmo período do ano passado. Mas a Associação dos Trabalhadores do Estado afirma que foi de 5,7%.

"O índice anunciado pelo Indec é surpreendentemente baixo, especialmente no caso dos alimentos e da carne, e claramente não ajuda em absoluto a recuperar a credibilidade do Indec", criticou o economista Javier Alvaredo, da consultoria MVA.

No mesmo sentido, Enrique Dentice, da Universidade de San Martín, entende que "a medição oficial não contempla de forma integral os aumentos em vestuário e aluguéis, nem tampouco reflete o que aconteceu com os alimentos".

Para Ricardo Delgado, da Ecolatina, "a inflação real está muito acima dos anúncios oficiais. Os números reais, seguindo a metodologia que o Indec deixou de empregar em janeiro, estão acima de 1%".

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