quinta-feira, 14 de junho de 2007

Kirchner responde a Thatcher sobre Malvinas

Um tiroteio verbal marcou o 25º aniversário da vitória britânica sobre a Argentina na Guerra das Malvinas, que os ingleses chamam de Ilhas Falklands.

Na Grã-Bretanha, a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher defendeu ontem a decisão de ir à guerra, afirmando que foi "uma grande vitória por uma causa nobre".

O presidente argentino, Néstor Kirchner, que não perde a oportunidade para comprar uma briga, deu o troco prometendo lutar pela "soberania das Ilhas Malvinas até o último momento": "Quero dizer à senhora Thatcher que pode nos ter ganho uma batalha, mas nunca vai nos tirar a razão de justiça de que as Malvinas são argentinas e que pela paz voltarão a ser argentinas".

Thatcher, de 81 anos enviou ontem uma mensagem de rádio saudando os habitantes, conhecidos como 'kelpers', das ilhas do Sul do Atlântico, tomadas pelo Império Britânico em 1833. Desde então, a Argentina reivindica a soberania sobre as Malvinas.

A "experiência intensa" da guerra "une em espírito" todos os britânicos, declarou Thatcher, que aproveitou a oportunidade para justificar o apelido de Dama de Ferro, consolidou seu poder, conquistou uma ampla vitória nas eleições de 1983 e pôde então aplicar seu programa de reformas econômicas neoliberais.

"Vocês estão em meus pensamentos e minhas preces. Há 25 anos, as forças britânicas garantiram uma grande vitória, por uma causa nobre. A nação inteira se encheu de júbilo e deveríamos seguir cheios de alegria. A agressão foi derrotada", disse a ex-líder conservadora e agora Baronesa Thatcher. "Os desejos dos habitantes das ilhas foram respeitados e defendidos. A honra e os interesses da Grã-Bretanha prevaleceram".

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