Em mais de 100 países, a polícia, as forças de segurança ou outras autoridades públicas usam de tortura e maus-tratos, denunciou a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, ao lançar ontem em Londres seu Relatório anual sobre Tortura. Era o 20º aniversário da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e a Punição ou Tratamento Cruel, Desumano ou Degradante, assinada por 144 países.
De 157 países estudados pela Anistia na seu Relatório Anual sobre Direitos Humanos de 2007, 102 empregavam a tortura.
"É preocupante o fato de que nem todos os países tomem medidas para erradicar todas as formas de tortura patrocinadas pelo Estado, e que alguns inclusive a estejam fomentando, enquanto outros fecham os olhos ou permitem que outros países torturem em seu nome", afirma a AI.
Os Estados Unidos são diretamente acusados: "A tendência, no contexto da 'guerra contra o terrorismo' (travada pelos EUA), de legitimar e inclusive legalizar o uso da tortura não faz senão acentuar esta preocupação".
A Anistia acusa os EUA e seus aliados de "abusos sistemáticos" cometidos luta antiterrorista, como "prisões secretas, desaparecimentos forçados, tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes".
Leia a declaração da Anistia na íntegra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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