O etanol produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar é um dos poucos biocombustíveis com um balanço claramente positivo quanto a emissão de gases que agravam o efeito estufa, provocando o aquecimento da Terra, afirma a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um clube de países ricos e industrializados. Seu desenvolvimento deve ser estimulado, concluíram 40 especialistas reunidos em Paris para o Fórum Internacional dos Transportes no Centro Conjunto de Pesquisa sobre os Transportes da OCDE.
"Poucos biocombustíveis parecem oferecer efetivamente uma contribuição real em termos de proteção do clima ou de independência energética, apesar de serem um meio muito custoso para responder a esses desafios", declara em comunicado divulgado hoje o secretário-geral do Fórum Internacional dos Transportes, Jack Short.
"Alguns biocombustíveis podem inclusive acarretar mais emissões do que os derivados do petróleo", afirmaram os analistas.
Na opinião dos especialistas, o álcool de cana-de-açúcar no Brasil é "de longe o melhor", já que é mais fácil transformar o açúcar em álcool do que o trigo ou o milho. Os biocombustíveis da segunda geração "prometam melhoras". Mas ainda há "grandes incertezas".
Em sua visita ao Brasil, em março, o presidente George W. Bush assinou um protocolo da intenções para o desenvolvimento conjunto entre Brasil e Estados Unidos de tecnologia para produzir álcool de celulose. Isto permitiria aproveitar os restos da produção agrícola.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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