segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Chirac propõe temas para campanha presidencial

Em sua mensagem de Ano Novo, o presidente Jacques Chirac lançou as questões que considera mais importantes para os debates da campanha eleitoral para a Presidência da França:
- os valores republicanos,
- o progresso econômico e social,
- a ajuda ao desenvolvimento,
- a Europa
- e o meio ambiente.

Entre os sucessos do seu governo, citou a queda no desemprego, que caiu 10% no ano passado, a reforma da Previdência Social, "a duplicação do número de habitações de caráter social desde 2002", o aumento da segurança nas estradas e avanços no combate ao câncer.

Chirac defendeu uma campanha com "debates abertos, democráticos e responsáveis". Prometeu se engajar "plenamente". E pediu atenção aos franceses: "Não dêem ouvido aos aprendizes de feiticeiro do extremismo", advertiu o presidente da França. "Projetam-se das ideologias, das ilusões e das receitas que não funcionam".

Ao defender o modelo francês, disse que "não basta imitar. São o trabalho, a formação e a pesquisa que fazem a forças das economias modernas.

O candidato do partido de Chirac, a União por um Movimento Popular (UMP), é o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, acusado de ser direita e liberal demais. Quando falou de imigração, um dos temas favoritos de Sarkozy, filho de um imigrante húngaro, o presidente defendeu a ajuda ao desenvolvimento como "uma exigência moral" e também para "prevenir o afluxo a nossas fronteiras de todos os que deixam seus países porque não têm mais esperança".

À esquerda, a principal candidata será a socialista Ségolène Royal, nova sensação da política francesa. Como Sarkozy, ele representa uma renovação. Mais do que isso, tem chance real de ser a primeira mulher a presidir a França, depois do fiasco socialista em 2002, quando o primeiro-ministro Lionel Jospin ficou atrás do líder neofascista Jean-Marie Le Pen, da Frente Nacional, deixando a esquerda fora do segundo turno.

A questão é saber se Chirac falou como magistrado ou como candidato. O Palácio do Eliseu nega qualquer possibilidade de candidatura à reeleição. Mas ainda há tempo até abril, quando será realizado o primeiro turno da eleição presidencial.

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