Dezessete anos depois da queda do Muro de Berlim e do fim do comunismo na Europa Oriental, mais dois países que pertenciam ao bloco soviético - a Bulgária e a Romênia - entram hoje para a União Européia (UE), que passa a ter 27 países-membros (os outros são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca e Suécia).
A Eslovênia adota o euro a partir de hoje, tornando-se o 13º país a aderir à união monetária européia (os demais são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal).
Hoje faz cinco anos que as moedas e notas de euro entraram em circulação. Pelos cálculos do jornal Financial Times, de Londres, no final do ano passado o valor de euros em circulação no mundo inteiro deve ter superado o valor dos dólares.
É um marco significativo. Mas um grande número de cidadãos europeus ainda tem dúvidas. Muitos atribuem à moeda única o crescimento fraco da economia européia. No momento, a Europa cresce mais do que os Estados Unidos. A valorização do euro diante do dólar e das moedas asiáticas - em parte, provocada pelas recentes altas da taxa básica de juros do Banco Central da Europa - ameaça este crescimento incipiente.
A Bulgária e a Romênia se livraram do comunismo em 1989, pediram adesão à UE em 1995 e começaram a negociar em 2000. São dois países dos Bálcãs, a região mais pobre da Europa, onde há vários candidatos que nem começaram a negociar. Serão os primos pobres do clube europeu, o que já assusta países como o Reino Unido, que recebeu mais de um milhão de imigrantes poloneses.
Depois de anos de recessão, a Bulgária, uma economia de US$ 15 bilhões, deve ter crescido 5,5% em 2006, enquanto a Romênia, com um PIB de US$ 45 bilhões, deve ser crescido 7%. Seus salários médios, de US$ 235 mensais na Bulgária e US$ 400 na Romênia, estão bem abaixo da média européia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
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