O governo do Iraque anunciou que um segundo guarda envolvido na filmagem do enforcamento do ex-ditador Saddam Hussein (1979-2003), em 30 de dezembro, foi preso.
Tanto o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, quanto o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, insistiram que Saddam foi submetido a um julgamento justo, oportunidade que suas centenas de milhares de vítimas não tiveram. Bush disse que a execução poderia ter sido feita com maior dignidade mas que "houve Justiça, o que não aconteceu com suas vítimas".
Na realidade, o que se viu foi uma amostra da Justiça iraquiana. As vítimas da ditadura de Saddam Hussein eram provocadas até a morte por seus carrascos. O vídeo clandestino só mostrou que isto não mudou, mesmo que o julgamento tenha sido justo. Um tirano como Saddam estava condenado mesmo antes de sentar no banco dos réus.
Enquanto investiga o escândalo do enforcamento, o Iraque suspendeu a execução de dois outros altos dirigentes do governo Saddam Hussein condenados à morte pelo mesmo massacre de 148 xiitas na cidade de Dujail, em 1982, um meio-irmão do ditador e um juiz.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário