O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, anunciou hoje que uma grande operação de suas forças de segurança, apoiadas pelo Exército dos Estados Unidos, para tentar conter a violência de milícias sunitas e xiitas em Bagdá.
É mais uma indicação de que a nova estratégia do presidente George Walker Bush, a ser revelada na próxima quarta-feira, deve incluir o envio de mais 20 mil soldados americanos para tentar criar uma zona de segurança na capital do Iraque.
"O plano de segurança está pronto", declarou o primeiro-ministro, sinalizando que já está tudo acertado com as forças de ocupação americanas. Maliki afirmou que não vai aceitar pressões políticas para amenizar o impacto da megaoperação: ""Não haverá saída para quem opera fora da lei, independentemente de sua facção política".
Será que ele vai atrás do Exército Mehdi, a maior milícia xiita iraquiana, liderada por seu aliado, o aiatolá Muktada al-Sader, cujo nome foi citado para provocar Saddam Hussein na hora de seu enforcamento? Será um bom teste para a megaoperação.
Ontem, numa reunião do American Enterprise Institute, um dos centros de pesquisa conservadores que defendeu a invasão do Iraque, estrategistas insistiam em que é possível uma solução militar para a insegurança em Bagdá, alegando que basta ter as tropas e recursos necessários.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 6 de janeiro de 2007
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