Uma série de atentados contra fiéis matou pelo menos 42 iraquianos no último dia da Achura, a mais importante festa religiosa do calendário xiita, que celebra o martírio do imã Hussein, neto do profeta Maomé, em 680.
O primeiro ataque matou 12 pessoas em Janakin, perto da fronteira com o Irã, durante uma procissão em que os xiitas se autoflagelavam, punindo-se por não terem acorrido em defesa de Hussein no século 7. Outras 17 pessoas morreram num ataque com morteiros contra o bairro de Adamia, no Noroeste de Bagdá. Em Dour Mondali, a 100 quilômetros a noroeste da capital iraquiana, um homem-bomba detonou seus explosivos quando estava no meio de uma multidão de 150 pessoas que entravam numa mesquista, matando 23 e ferindo outros 60.
Em 2004, atentados suicidas mataram 171 pessoas em Bagdá e Carbalá, onde Hussein foi morto na batalha que marca o cisma entre sunitas e xiitas, cerca de 10% dos mais de 1 bilhão de muçulmanos. Neste ano, com 11 mil soldados e policiais patrulhando Carbalá, os terroristas procuraram outras localidades.
Ao depor no Senado dos Estados Unidos, o novo comandante das operações militares americanas no Oriente Médio, almirante William Fallon, declarou que "chegou o momento" de dar a volta por cima no Iraque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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