quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Parlamento da Turquia aprova ataques à Síria

Por 320 a 129 votos, a Assembleia Nacional da Turquia autorizou as Forças Armadas do país a realizar ações militares durante um ano através da fronteira com a Síria depois de um morteiro sírio ter atingido ontem a cidade turca de Akçakale, matando cinco civis.

O vice-primeiro Besir Atalay afirmou que "não é uma guerra", é uma medida para impedir que a violência da guerra civil na vizinha síria extravaze para a Turquia, reporta o jornal The Washington Post.

Novos ataques foram realizados hoje, informa o jornal liberal israelense Haaretz.

Há pouco, o embaixador sírio nas Nações Unidas leu uma carta em que a ditadura de Bachar Assad expressa suas condolências pela morte de cinco civis turcos e promete investigar o incidente, sugerindo que os rebeldes sejam responsáveis.

Não chega a ser um pedido de desculpas, mas é uma clara manifestação de que a Síria quer evitar uma escalada na confrontação.

Como a Turquia apoia os rebeldes, a ditadura síria passou a apoiar os curdos sírios na sua luta contra o país vizinho. Eles podem ter sido responsáveis pelo ataque.

A Turquia é um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Como um ataque contra qualquer país-membro é considerado um ataque contra todos, o incidente poderia servir para justificar uma intervenção militar na guerra civil síria.

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