Por 320 a 129 votos, a Assembleia Nacional da Turquia autorizou as Forças Armadas do país a realizar ações militares durante um ano através da fronteira com a Síria depois de um morteiro sírio ter atingido ontem a cidade turca de Akçakale, matando cinco civis.
O vice-primeiro Besir Atalay afirmou que "não é uma guerra", é uma medida para impedir que a violência da guerra civil na vizinha síria extravaze para a Turquia, reporta o jornal The Washington Post.
Novos ataques foram realizados hoje, informa o jornal liberal israelense Haaretz.
Há pouco, o embaixador sírio nas Nações Unidas leu uma carta em que a ditadura de Bachar Assad expressa suas condolências pela morte de cinco civis turcos e promete investigar o incidente, sugerindo que os rebeldes sejam responsáveis.
Não chega a ser um pedido de desculpas, mas é uma clara manifestação de que a Síria quer evitar uma escalada na confrontação.
Como a Turquia apoia os rebeldes, a ditadura síria passou a apoiar os curdos sírios na sua luta contra o país vizinho. Eles podem ter sido responsáveis pelo ataque.
A Turquia é um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Como um ataque contra qualquer país-membro é considerado um ataque contra todos, o incidente poderia servir para justificar uma intervenção militar na guerra civil síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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