A economia dos Estados Unidos cresceu no terceiro trimestre de 2012 num ritmo de 2% ao ano, anunciou hoje o Departamento do Comércio. É mais do que a expectativa de expansão do Brasil neste ano, que está em 1,54% e uma boa notícia para o presidente Barack Obama, a nove dias da eleição presidencial.
Foi a mesma taxa do primeiro trimestre do ano. No segundo, o ritmo caiu para 1,3%, levando a Reserva Federal (Fed), o banco central americano, a lançar seu terceiro programa de compra de títulos para jogar mais dinheiro mercado.
O consumo doméstico também avançou numa taxa anualizada de 2% e o investimento no setor habitacional em 14,4%, acima dos 8,5% do segundo trimestre.
A boa notícia chega no momento em que as empresas dos EUA estão cortando gastos para se preparar para o chamado "abismo fiscal ". Em janeiro, terminam as reduções de impostos da era Bush e, como não houve acordo entre o governo e a oposição para diminuir o déficit orçamentário, entram em vigor automaticamente cortes nos gastos públicos.
Estas duas medidas ameaçam tirar ainda mais dinheiro da economia, daí a expressão "abismo fiscal".
Em comício em Ohio, o ex-governador Mitt Romney, candidato do Partido Republicano, ignorou o aumento do produto interno bruto e acusou o governo Obama de destruir empregos e o sistema de saúde pública, e de endividar o país em mais US$ 6 trilhões.
É um discurso oportunista, que ignora o passivo da era George W. Bush (2001-9) e joga todos os problemas na conta do atual presidente, mas aparentemente está colando. As pesquisas começam a dar vantagem a Romney e a disputa nos estados-chaves está ficando mais apertada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário