sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Carro-bomba mata chefe do serviço secreto libanês

Um atentado terrorista com carro-bomba matou oito pessoas hoje no centro de Beirute, inclusive o general Wissan al-Hassan, chefe do serviço secreto das forças de segurança interna e assessor do ex-primeiro-ministro do Líbano Saad Hariri. Ele era considerado um inimigo da Síria Dezenas de pessoas saíram feridas.

Foi o primeiro carro-bomba a explodir na capital libanesa em quatro anos. O governo da Síria e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) condenaram o atentado, mas Hariri acusa a ditadura de Bachar Assad, aliada da República Islâmica do Irã.

O ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, pai de Saad Hariri, foi morto num atentado terrorista com carro-bomba em 14 de fevereiro de 2005. Sua morte deflagrou uma onda de protestos populares contra a intervenção militar síria no Líbano, que durava desde 1976, no início da guerra civil libanesa (1975-90).

Há meses o Líbano teme que a guerra civil síria transborde suas fronteiras e envolva seu país, reacendendo o conflito sectário entre sunitas e xiitas: "Faz tempo que o regime sírio tenta internacionalizar o conflito", admite o jornalista Adbel Bari Atwan, editor-chefe do jornal árabe editado em Londres Al Quods.

"Os agentes sírios estão lá, o Hesbolá está lá. Não se sabe quem foi, mas os sírios são especialistas em carros-bomba e gostariam de iniciar uma guerra civil no Líbano como a que existe na Síria", acrescentou o jornalista.

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