segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Emenda propõe bônus pelo voto popular nos EUA

Uma proposta de emenda constitucional de um deputado do Partido Democrata quer dar um bônus de 29 votos no Colégio Eleitoral para o candidato que vencer a eleição presidencial dos Estados Unidos no voto popular.

Ao contrário que muita gente pensa, a eleição presidencial americana não é direta. O vencedor em cada estado leva todos os delegados daquele estado num Colégio Eleitoral de 538 membros que dá o voto final.

Como a democracia era novidade e temiam-se os riscos de que o voto popular levasse ao poder um presidente desqualificado, os fundadores incluíram este colégio na Constituição dos EUA para avalizar a eleição do presidente. O sistema nunca mudou porque nunca houve uma ruptura institucional.

Para mudar a Constituição, são necessários dois terços dos votos na Câmara e no Senado e a aprovação de 75% dos estados, já que o país é uma federação. Esse sistema dá uma força relativamente maior aos estados menores.

Até a eleição de Jimmy Carter, em 1976, a eleição era disputada em pelo menos 40 estados. Com a cristalização ideológica acontecida desde que Ronald Reagan atraiu a direita religiosa para o Partido Republicano, desde então os democratas tendem a ganhar nos estados da costa Oeste (Califórnia, Oregon e Washington) e na região Nordeste, de Nova York, Washington e da Nova Inglaterra até os Grandes Lagos, a parte mais cosmopolita e mais aberta para o mundo. O Partido Republicano é mais forte no Centro-Sul.

Nesta eleição, os estados-pêndulo, que podem ir para qualquer lado, os estados-chaves são apenas : Colorado, Flórida, Iowa, Ohio, Novo Hampshire, Virgínia e Wisconsin. A reta final da campanha se concentra nestes estados.

Para mudar esta realidade, o deputado federal nova-iorquino Steve Israel, coordenador da campanha democrata à Câmara, quer dar 29 votos a mais no Colégio Eleitoral ao vencedor no voto popular: "Os estados-pêndulo manteriam sua importância, mas os 29 delegados a mais mudaria fundamentalmente o foco das campanhas. Os candidatos se empenhariam em conquistar votos tanto nos estados onde não têm chance de ganhar como nos onde não têm chance de perder." 

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