Ao contrário que muita gente pensa, a eleição presidencial americana não é direta. O vencedor em cada estado leva todos os delegados daquele estado num Colégio Eleitoral de 538 membros que dá o voto final.
Como a democracia era novidade e temiam-se os riscos de que o voto popular levasse ao poder um presidente desqualificado, os fundadores incluíram este colégio na Constituição dos EUA para avalizar a eleição do presidente. O sistema nunca mudou porque nunca houve uma ruptura institucional.
Para mudar a Constituição, são necessários dois terços dos votos na Câmara e no Senado e a aprovação de 75% dos estados, já que o país é uma federação. Esse sistema dá uma força relativamente maior aos estados menores.
Até a eleição de Jimmy Carter, em 1976, a eleição era disputada em pelo menos 40 estados. Com a cristalização ideológica acontecida desde que Ronald Reagan atraiu a direita religiosa para o Partido Republicano, desde então os democratas tendem a ganhar nos estados da costa Oeste (Califórnia, Oregon e Washington) e na região Nordeste, de Nova York, Washington e da Nova Inglaterra até os Grandes Lagos, a parte mais cosmopolita e mais aberta para o mundo. O Partido Republicano é mais forte no Centro-Sul.
Nesta eleição, os estados-pêndulo, que podem ir para qualquer lado, os estados-chaves são apenas : Colorado, Flórida, Iowa, Ohio, Novo Hampshire, Virgínia e Wisconsin. A reta final da campanha se concentra nestes estados.
Para mudar esta realidade, o deputado federal nova-iorquino Steve Israel, coordenador da campanha democrata à Câmara, quer dar 29 votos a mais no Colégio Eleitoral ao vencedor no voto popular: "Os estados-pêndulo manteriam sua importância, mas os 29 delegados a mais mudaria fundamentalmente o foco das campanhas. Os candidatos se empenhariam em conquistar votos tanto nos estados onde não têm chance de ganhar como nos onde não têm chance de perder."
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