Depois de três trimestres consecutivos de contração, a economia do Reino Unido avançou 1% de julho a setembro, saindo oficialmente da recessão, mas a pequena recuperação é fruto dos negócios gerados pela Olimpíada de Londres, anunciou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas.
Apesar disso, o primeiro-ministro David Cameron, que impôs há dois anos o mais rigoroso programa de ajusta fiscal da História do país, com cortes de gastos e aumentos de impostos de 83 bilhões de libras (cerca de R$ 270 bilhões em quatro anos, declarou que "as boas notícias vão continuar".
O Partido Conservador britânico se orgulha de ter impedido o país de aderir ao euro, mas isso não lhe garantiu melhor desempenho diante da crise financeira internacional.
Na contramão desse otimismo, o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, advertiu que as ações da instituição para estimular a economia estão chegando ao limite.
Diante da incapacidade dos políticos de tomar medidas para ajudar a recuperação, os bancos centrais tentam fazer esse papel. A exemplo do que faz a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, o Banco da Inglaterra comprou grande quantidade de títulos públicos para jogar mais dinheiro em circulação.
Ontem, o Fed manteve sua taxa básica de juros em praticamente zero e prometeu mantê-la assim até meados de 2015 e continuar com seu programa de compra de títulos até a recuperação do mercado de trabalho.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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