Em reação a contatos entre a Argentina e o Irã para discutir atentados terroristas contra alvos judaicos em Buenos Aires nos anos 90, uma delegação do Ministério do Exterior de Israel visitou a cidade para alertar o governo Cristina Kirchner a não fazer acordos sobre o ataque a uma associação israelita, em 1994, em que 85 pessoas morreram e outras 300 saíram feridas.
O atentado com carro-bomba foi realizado por libaneses e atribuído à milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus). Vários altos funcionários iranianos foram denunciados criminalmente na Argentina, inclusive o ex-presidente Hachemi Rafasanjani e o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi.
Israel teme que a Argentina faça um acordo desistindo dos pedidos de extradição dos acusados e das indenizações às famílias das vítimas.
"Não somos ingênuos. Dissemos aos argentinos que estamos alertas e não vamos deixar a questão desaparecer", declarou ao jornal liberal Haaretz um alto funcionário da chancelaria israelense.
O ministro do Exterior de Israel, o linha-dura Avigdor Lieberman, pressionou diretamente seu colega argentino, Héctor Timerman, que teria garantido que o processo não será arquivado porque os mortos eram cidadãos argentinos que merecem justiça.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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