Mais de 3 milhões de pessoas estão sem energia elétrica na costa leste dos Estados Unidos por causa do furacão Sandy, que foi rebaixado para tempestade subtropical, com ventos de 135 quilômetros por hora. Os dois candidatos à Casa Branca suspenderam a campanha. O presidente Barack Obama foi para Washington coordenar a operação de socorro.
Sandy já atinge um terço do território dos EUA. Está passando agora pela capital americana, onde deve ficar seis horas.
Com a passagem do furacão, esperado nas próximas horas em Nova York, as bolsas de valores da cidade vão permanecer fechadas amanhã. Sandy matou pelo menos 67 pessoas na região do Mar do Caribe, em Cuba, no Haiti e na Jamaica, e uma pessoa no bairro nova-iorquino Queen's.
Na opinião dos especialistas, é uma tempestade diferente. O furacão formado pelo calor no Mar do Caribe se encontrou com uma massa de ar polar. Isso pode aumentar sua força e é atribuído ao aquecimento global.
Durante quase um ano de campanha eleitoral, a crise ambiental passou ao largo. Os conservadores rejeitam até mesmo a tese de que o aquecimento global seja causado pela emissão de gases carbônicos pelo homem. Para qualquer candidato à Casa Branca, é extremamente impopular dizer para os americanos que eles não devem andar tanto de carro.
Mas, como acaba de observar o correspondente Luiz Fernando Silva Pinto na GloboNews, com os dois principais candidatos praticamente empatados nas pesquisas de opinião, Sandy pode ser um fator decisivo na eleição de 6 de novembro. É uma oportunidade, especialmente para o presidente de se mostrar à altura do cargo.
Em 2005, quando parte do Sul dos EUA, inclusive Nova Orleans, foi arrasada pelo furacão Katrina, de categoria 5, o governo George W. Bush foi considerado lento e insensível no socorro às vítimas, em sua maioria negros. O então senador Barack Obama foi pessoalmente dar ajuda aos flagelados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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