O ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn não tem direito a imunidade diplomática na Justiça dos Estados Unidos como alto funcionário de uma instituição internacional porque pediu demissão do cargo, decidiu hoje um juiz de Nova York.
Strauss-Kahn, um notório mulherengo, foi preso em 14 de maio de 2010 dentro de um avião prestes a decolar do aeroporto John Kennedy, em Nova York, sob a acusação de violentar sexualmente uma camareira do Hotel Sofitel, onde estava hospedado.
A imagem de um homem poderoso algemado e humilhado correu o mundo como símbolo ao mesmo tempo de uma justiça implacável e igualitária. Na França, houve reclamações de que não houve a presunção da inocência do réu. De algemas, com roupa de presidiário, ele parecia um condenado.
O processo criminal desabou em poucas semanas por causa de um telefonema da camareira, Nafissatou Diallo, para um namorado traficante que estava preso, revelando uma armação para extorquir dinheiro de Strauss-Kahn.
A ação civil de indenização ainda corre na Justiça. Neste processo, o juiz determinou hoje que o ex-diretor-geral do FMI não tem imunidade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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