O australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, sítio de internet especializado em vazar documentos sigilosos, recorreu hoje ao Supremo Tribunal do Reino Unido para tentar impedir sua extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.
Assange afirma que está sendo perseguido por ter divulgado mais de 250 mil documentos do sigilosos do governo dos Estados Unidos, que pediria sua extradição à Suécia.
A decisão dos sete ministros do Supremo britânico deve ser anunciada em semanas. Se perder, Assange ainda poderá ir à Corte Europeia de Direitos Humanos, com sede em Estrasburgo, na França. Ele é objeto de um mandado de prisão europeu, que em princípio deve ser concedido pelos países-membros da União Europeia, com a suposição de que o réu terá um julgamento justo em qualquer país do bloco.
Em sua defesa, os advogados do australiano vão questionar a competência de uma promotora pública sueca para pedir a extradição. Eles alegam que promotor não é autoridade judicial. Assim, não poderia assinar ordens de prisão.
O processo se arrasta há mais de um ano. Assange chegou a ser preso no fim de 2010, mas teve direito à fiança e desde então vive em prisão domiciliar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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