Um dia depois da eleição presidencial na Argentina, a empresa finlandesa Botnia pediu a autorização final ao governo do Uruguai para colocar em funcionamento sua fábrica de papel e celulose em Fray Bentos, na margem oriental do Rio Uruguai. A reação dos moradores na cidade argentina de Gualeguaychú, do outro lado do rio, apoiados pelo presidente Néstor Kirchner, provocou o conflito conhecido como 'guerra das papeleiras'.
É uma das heranças indigestas que o presidente deixa para sua mulher, Cristina Fernández de Kirchner, eleita presidente da Argentina no último domingo, 28 de outubro.
Em abril do ano passado, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ameaçou abandonar o Mercosul, diante da incapacidade do bloco regional de resolver o problema. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a falar sobre o assunto com a presidente da Finlândia, Tarja Halonen. Mas Kirchner vetou a mediação do Mercosul, preferindo apelar para o rei Juan Carlos II, da Espanha, a antiga potência.
A presidente eleita, Cristina Kirchner, pretende esperar a decisão da Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas, em Haia, na Holanda. O governo Néstor Kirchner recorreu ao tribunal internacional alegando violação do Estatuto do Rio Uruguai, que dispõe sobre o uso compartilhado do rio que divide os dois países.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Inauguração da fábrica da Botnia é iminente
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