Israel aumentou suas ameaças de invadir a Faixa de Gaza, dominada desde junho pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), para acabar com os ataques de foguetes contra seu território. Desde que Israel retirou-se unilateralmente de Gaza em setembro de 2005, tem realizado operações de comando e bombardeios aéreos sem impedir os ataques palestinos.
"A cada dia que passa, estamos mais perto de realizar uma grande operação em Gaza", advertiu o ministro da Defesa e ex-primeiro-ministro Ehud Barak. "Estamos nos preparando e ficaríamos felizes se as circunstâncias mudassem".
O governo israelense, que controla as fronteiras da Faixa de Gaza, cortou o suprimento de gás. A União Européia protestou denunciando a punição coletiva de 1,5 milhão de palestinos que vivem na estreita faixa arenosa junto ao Mar Mediterrâneo, numa das maiores densidades populacionais do mundo.
"Dissemos aos israelenses que estão errados ao adotar essas medidas", protestou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, durante encontro com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, hoje no Cairo. "Não aceitamos essa punição coletiva".
Já o governo do Reino Unido manifestou sua "profunda preocupação" com o corte no suprimento de gás para os palestinos em Gaza: "Continuamos firmemente comprometidos com a segurança de Israel e reconhecemos o direito de Israel de agir em sua defesa. Mas as medidas tomadas por Israel em resposta a extremistas violentos deve ser consistente com o direito internacional humanitário e não causar sofrimento a civis inocentes", declararam em nota conjunto o ministro do Exterior, David Miliband, e o ministro para o Desenvolvimento Internacional, Douglas Alexander.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário