quarta-feira, 31 de outubro de 2007

China entra no mercado financeiro da África

Em outro sinal da ofensiva chinesa para garantir acesso aos recursos naturais da África, o Banco de Desenvolvimento da China fez uma sociedade com o United Bank of Africa, um dos maiores bancos da Nigéria, que pretende expandir seus negócios para 12 países africanos.

A parceria selada no mês passado ainda não foi anunciada oficialmente. Aumenta a capacidade da China de financiar projetos de infra-estrutura na África Ocidental.

Na semana passada, o Banco Industrial e Comercial da China, outro banco estatal chinês, anunciou a compra de uma participação de 20% no Standard Bank, da África do Sul, por US$ 5,56 bilhões.

As exportações africanas para a China cresceram mais de 40% entre 2001 e 2006, superando as importações da China. De 2000 a 2006, China fez investimentos diretos de US$ 6,6 bilhões no continente. Isso inclui ajuda direta, empréstimos subsidiados e garantias de crédito.

Um artigo do Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a ajuda oficial ao desenvolvimento, incluindo assistência técnica, tenha sido de US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão por ano em 2004 e 2005.

Além disso, instituições financeiras estatais chinesas oferecem crédito preferencial. A África é responsável por um terço dos negócios de médio e longo prazos da Corporação de Exportação e Garantia de Crédito da China.

Um fator central é a sede da China por petróleo. Hoje, grupos chineses têm menos de 2% das reservas comprovadas de gás e petróleo da África. O acesso das empresas chinesas a financiamento barato vai aumentar seu sucesso em leilões.

A questão, comenta a coluna Lex, do FT, é se as relações serão baseadas no "benefício mútuo" proposto por Chu Enlai há quatro décadas na política externa da República Popular da China. Pesquisas do Banco Mundial indicam que o investimento chinês é mais frugal do que o indiano. As companhias chinesas costumam empregar locais mas compram máquinas na China.

Leia mais no Financial Times.

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