O 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, líder espiritual do Tibete, ocupado pela China desde 1950, recebeu hoje a mais alta condecoração do Congresso dos Estados Unidos, na presença do presidente George Walker Bush.
A visita do Dalai Lama a Washington coincide com o 17º Congresso do Partido Comunista Chinês. Isso irritou ainda mais o governo da China, que protestou, considerando uma intervenção indevida nos assuntos interno chines.
Historicamente, o Tibete pertencia ao Império Chinês. Com a queda da dinastia Qing, em 1911, e a proclamação da república por Sun Yat Sen, em 1912, o Tibete se tornou independente.
Essa situação mudou depois da vitória da revolução comunista liderada por Mao Tsé Tung, em 1 de outubro de 1949. O regime comunista tinha como projeto resgatar o orgulho nacional de um país que era conhecido na Ásia como o Império do Centro e fora humilhado pelo imperialismo britânico nas Guerras do Ópio (1839-42).
Em 1950, os comunistas ocuparam o Tibete, retomando um país que consideravam parte histórica da China. O Dalai Lama fugiu para a Índia em 1959, onde formou uma espécie de governo no exílio. Desde então, faz campanha pela autonomia do Tibete.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Ótimo post.
Bj
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