A maior economia do mundo ignorou a recessão no setor habitacional e cresceu a um ritmo anual de 3,9% no terceiro trimestre do ano, o melhor desempenho em um ano e meio, anunciou hoje o Departamento do Comércio dos Estados Unidos. O mercado previra uma expansão de 3,4%.
Foi um crescimento bem distribuído, com forte participação de conumidores, exportações, investimentos em capital, gastos militares e estoques. O setor habitacional continua sendo o principal entrave à expansão da economia dos EUA, mas registrou um aumento nas construções em setembro.
"O crescimento foi substancialmente mais forte do que esperado. A economia chega ao final do ano num ritmo muito melhor do que previsto", comentou o economista Stephen Gallagher, analista do banco francês Société Générale nos EUA.
Outra pesquisa indicou que as empresas americanas contrataram 106 mil trabalhadores a mais do que demitiram em outubro
Apesar da alta nos preços dos produtos primários, especialmente do petróleo, o índice de preços amplo cresceu a uma taxa anualizada de 0,8%, a mais baixa em nove anos. Desde o governo John Kennedy (1961-63), a inflação para o consumidor não está tão baixa.
Essa foi a grande surpresa do relatório. O índice de preços ao consumidor ficou em 1,7% ao ano, e o núcleo do índice, excluídos os preços de energia e de alimentos, em 1,8%, dentro da meta informal perseguida pelo Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos EUA, que é de 1% a 2% ao ano.
Os analistas acreditam que o forte crescimento do produto interno bruto (PIB) não impedirá que o Comitê do Mercado Aberto do Fed corte sua taxa básica de juros, hoje em 4,75% ao ano, em 0,25 pontos percentuais. Mas alguns economistas, como John Ryding, do banco de investimentos Bear Sterns, entende que o argumento para diminuir os juros ficou mais fraco.
A decisão será anunciada em algumas horas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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