O ex-vice-presidente Albert Arnold Gore Jr. e o Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (PIMC), órgão das Nações Unidas, ganharam hoje o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho para conscientizar a humanidade para combater o aquecimento da Terra, provocado pelo aumento da concentração de gases carbônicos na atmosfera.
Nas últimas duas décadas, o PIMC, formado por cientistas de mais de 120 países, alerta para os riscos associados ao aquecimento do planeta provocado pela ação do homem nos últimos dois séculos, por causa da Revolução Industrial, que aumentou significativamente as emissões de gases que retêm o calor, agravando o chamado efeito estufa.
Al Gore produziu o filme Uma Verdade Inconveniente, denunciando os malefícios do efeito estuta. A premiação reforça os apelos para que Gore se candidate à Presidência dos Estados Unidos em 2008. Ele ganhou a eleição de 2000 no voto popular, perdendo no Colégio Eleitoral por causa de uma derrota no estado da Flórida por apenas 500 votos.
Como o governador da Flórida era Jeb Bush, irmão do presidente George Walker Bush, que disputava a eleição com Gore, houve fortes suspeitas de fraude, como cédulas que confundiam o eleitor, problemas para votar em bairros de maioria negra, onde o Partido Democrata costuma vencer e votos marcados mecanicamente.
Depois de uma batalha judicial que foi até a Suprema Corte, Bush foi declarado eleito. Mas ficou a sensação de que Gore foi injustiçado.
No momento, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton lidera com ampla vantagem as pesquisas sobre quem será o candidato do Partido Democrata e é a favorita na corrida à Casa Branca. Como ela enfrenta forte rejeição de setores mais conservadores da sociedade americana, especula-se que os caciques do partido podem optar pela candidatura Gore. Hoje, jornais americanos publicaram matéria paga fazendo um apelo para o novo ganhador do Nobel de Paz seja candidato.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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