Em tom ameaçador, o vice-presidente Dick Cheney insistiu neste domingo em que os Estados Unidos e outros países não deixarão o Irã ter armas atômicas.
"Nosso país e a comunidade internacional não podem ficar assistindo enquanto países que apóiam o terrorismo realizam suas grandes ambições", declarou um dos mais poderosos e belicosos vice-presidentes da História dos EUA, o poder por trás do trono de um presidente medíocre como George Walker Bush.
Ao falar no Instituto Washington para o Oriente Próximo, Cheney afirmou que "o Irã engana e atrasa para ganhar tempo". Se o a república islâmica não se submeter ao regime de inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica, o que implica abrir mão de seu programa nuclear militar, os EUA estão dispostos a "impor pesada conseqüência", advertiu o vice de Bush.
Cheney não falou em uso da força. Mas o alerta é claro. Ele é um dos grandes defensores de um bombardeio aéreo para tentar destruir as principais instalações nucleares do Irã, atrasando o desenvolvimento da bomba atômica iraniana.
O recente afastamento de Ali Larijani, o principal negociador iraniano, está sendo interpretado como um endurecimento da república dos aiatolás. Isso reduz as possibilidades de solução negociada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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