Depois de um longo período de desaceleração e até de estancamento, a oferta de crédito na América registra forte aceleração desde 2004, aproximando-se dos níveis do final dos anos 90, afirma um relatório do banco espanhol BBVA. Em termos reais, cresceu 27% até março de 2005 em relação ao ano anterior. Com maior estabilidade macroeconômica, inflação em queda e mais concorrência, a tendência é de redução do custo do crédito. Mas o alto grau de informalidade e a falta de garantias para os credores agem em sentido contrário.
À exceção do Chile, o mercado ainda é considerado em relação aos produtos internos brutos. Para José Luis Escrivá, chefe de pesquisas econômicas do BBVA, as sucessivas crises financeiras na região impediram a consolidação do mercado. Como ocorreu no Brasil, no Chile e no México, Escrivá acredita que sejam necessários 10 anos para recuperar os níveis de crédito anteriores à crise.
No Brasil e na Venezuela, a canalização de crédito mais barato para setores estratégicos acaba encarecendo o custo do dinheiro para outros setores, comentou Ignácio Sánchez-Asiaín, diretor do BBVA para a América do Sul.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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