O novo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, está forjando uma aliança com a rede terrorista Al Caeda (A Base) para aumentar sua influência ou pelo menos ignorando a ação de membros da rede liderada por Ossama ben Laden refugiados em seu pais, acusam os serviços secretos dos Estados Unidos.
Agentes secretos citados anonimamente pelo jornal Los Angeles Times alegam que o Irã dá asilo a inúmeros lideres da Al Caeda. Isto lhes permitiria planejar operações e transmitir ordens a outras células da rede terrorista. “O Irã está se radicalizando cada vez mais e faz vistas grossas à presença da Al Caeda”, disse um agente antiterrorista.
Entre os dirigentes da rede terrorista residentes no Irã, haveria três filhos de Ben Laden e vários egípcios ligados a Ayman al-Zawahiri, segundo homem mais importante da rede e talvez seu principal estrategista.
Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, deputado democrata Brad Sherman, a cooperação entre Al Caeda é Irã é real: “Os agentes da organização terrorista mais bem-sucedida do mundo estão passando muito tempo no pais que mais patrocina o terrorismo, e isto é enormemente preocupante.”
É importante notar que os EUA estão pressionando o Irã a abandonar seu programa nuclear, que estaria desenvolvendo bombas atômicas. Os EUA e seus aliados europeus levaram o caso ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Gostariam de impor sanções ao Irã mas a Rússia e a China, que têm direito de veto, resistem.
Uma suposta ligação jamais provada de Saddam Hussein com Al Caeda foi uma das desculpas para a invasão dos EUA ao Iraque. Os indícios em relação ao Irã são mais consistentes. Como a Casa Branca não descarta o uso da força e estaria planejando um “bombardeio cirúrgico”, é mais uma alegação para justificar uma nova guerra americana no Oriente Médio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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