O governo fundamentalista muçulmano do Irã descarta a proposta russa para enriquecer na Rússia o urânio necessário ao programa nuclear iraniano para fins pacíficos. Era a principal esperança de uma solução política para a crise criada pela suspeita de que o Irã esteja desenvolvendo armas atômicas. O ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, criticou a postura iraniana durante as negociações.
Na quinta-feira passada, diante do fracasso do diálogo com o Irã, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) decidiu enviar o caso ao Conselho de Segurança da ONU, que pode adotar punições, desde sanções econômicas até o uso da força. A Rússia e a China relutam em adotar sanções, temendo que o Irã retalie usando o petróleo como arma política, o que perturbaria ainda mais o mercado internacional com impacto sobre toda a economia mundial.
“As circunstâncias mudaram”, declarou o porta-voz do Ministério do Exterior do Irã, Hamid Reza Assefi. “Temos de ver como agirão os cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança” (EUA, Rússia, China, França e Grã-Bretanha). Ele acrescentou que o pais não pretende abandonar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear mas pode voltar a enriquecer urânio “em dois ou três dias”.
O governo iraniano ameaça abandonar o TNP se seu direito de desenvolver energia nuclear para fins pacífico não for respeitado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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